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A mostrar mensagens de 2012
Ruídos e luzes   O vento entrou pela janela aberta, E congelou o meu coração, Não deixando correr o sangue, Que alimentava o meu corpo.   As nuvens aliaram-se a mim, E choraram continuamente, Impondo um temporal, De ruídos e luzes.   A solidão penetrou em mim, E deixou o meu mundo fechado, Numa caixa triangular.   O vidro quebrou o gelo, Quando o meu coração parou, Mesmo que por um simples instante.
Nevoeiro e toque   Acordei num dia de nevoeiro, Perdido por entre as luzes, À procura da companheira, Que me controlasse o olhar.   Voava por entre as nuvens, Quando tocaste nas minhas mãos, Na procura do porto de abrigo, Que me abrigasse da tempestade do mar.   A magia então me disse, Para te levar a luar, E nunca deixar de te amar.
Perdido II   As luzes do dia eu temia, Como se da noite se tratasse. O assobiar do vento zumbia na minh alma, Como se uma tempestade falasse.   O medo tomava conta de mim, As sombras perseguiam-me, Por entre as folhas das árvores.   Por fim o sol brilhou, E o céu mostrou, Como tudo brotou.
Segredo   Queria descobrir o segredo das estrelas, Por entre a beleza dos teus olhos, Reflectidos na água do mar, Numa noite de lua cheia.   A tua eterna eloquência, Enchia a minha alma de fantasia, Quando adormecia a sonhar contigo.   Desejava ter-te ao meu lado, Nas noites frias de Inverno, Fazendo delas noites escaldantes.
Reflexo do sonho   O teu rosto vi ser desenhado nas estrelas cintilantes, E ser reflectido na água do mar, Permitindo que o mesmo beijasse, O meu rosto deitado na areia.   Os teus olhos iluminaram o meu caminho na noite escura, Abrindo as portas ao meu sonho adormecido, O paraíso veio ter comigo, Sem eu por ele chamar, Tendo somente a sorte de agradecer.
Sonho perdido   A lua desapareceu no horizonte, Não me deixando descobrir, O caminho que me levava a ti, Deixando-me na solidão.   O amanhecer trouxe o temporal, Onde o vento gelava a minha alma, E a chuva corria no meu rosto, Destruindo a esperança que existia.   Os sonhos foram com o mar, Os estilhaços repousam na areia, Que a praia vê fechar.  
Céu II   Quero flutuar, Por entre as nuvens deslizantes, Num céu escondido, À brisa vizinha.   O sol escondesse, Nas nuvens protectoras, Que a tempestade adivinha, Nos olhos do dia.   A gota que cai, Insegura na imensidão. Procura o porto de abrigo.   O barulho que provoca, Acorda o silêncio, Despertando todo um novo movimento.
Sereia II   És a onda que bate na areia, E que me acolhe no mar, De sentimentos que se encontram a navegar, E que procuram o porto onde se abrigar.   A pureza que expressa a água, É visivel na flor dos teus olhos, Que reflectem ao luar, Um paraíso a andar.   Tu és a sereia, Que o mar criou, Quando a brisa soprava, Num mistério a sonhar.
Forma de expressão   O meu coração solitário, Procura o caminho escondido, Que me guie ao teu lado, Na ânsia de te amar.   O mar imenso que se vê, Expressa o que sinto por ti, Mas que não te consigo dizer, Pois só te consigo fazer feliz.
Acreditar   Do infinito do desconhecido, Procurei o caminho perdido, Quando o monte erguido, Se intrometeu no meio do destino.   As lutas e batalhas, Foram relâmpagos indistintos, Na escuridão sombria, Da floresta despida.   O gigante adormecido, Acordou e enfrentou o destino, No meio do seu sonho conhecido.   Acreditei que podia voar, E realizar o sonho, Que estava adormecido.
Liberdade   Queria ter a liberdade de um pássaro, Para voar por entre as nuvens, Ou ser o vento, Que deambula por entre as folhas que levanta.   Gostava de ter a liberdade do mar, E navegar por entre as ondas, Que vagueiam no imenso oceano, E batem na areia suave.   Procuro-te por entre a solidão, Que busca na floresta perdida, O companheiro de lutas antigas.   Acredito que te encontrarei, Quando flutuava pelo céu, E voava em direcção ao infinito.
Não sei   Não sei o que é ter a tua caricia, Os teus lábios no meus, As tuas mãos entrelaçadas nas minhas, O teu corpo junto ao meu.   Não sei o que é ter os teus sonhos, Se não consigo contigo voar, E planar por entre as nuvens.   Não sei o que é te ver, Pois os meus olhos não veêm os teus, E os meus dedos não sentem os teus.   Não sei o que é amar, Apenas sei o que é correr, Pois o meu coração não para de bater.
Destino   Não me quero somente deitar ao teu lado, Quero também acordar ao teu lado, Sentir a tua pele na minha, E o teu cheiro na minha almofada.   Quero acordar e ver os teus olhos, E ver que o mundo não acabou, Mas somente recomeçou mais um dia.   Desejo ter-te junto a mim, E sonhar que o caminho escolhido, Foi o destinado a nos juntar.
Lua e estrelas   Ao longo dos anos, A lua e as estrelas, Foram as minhas confidentes.   As estrelas marcavam o caminho, Iluminando-o no meio da escuridão, Dando asas ao destino, Em constante mutação.   A lua ouvia-me, No meio da multidão, Escondendo o desejo, De te ter no coração.   Vagueava sem destino, Por entre a solidão, No desejo escondido, De ver-te na minha mão.
Sentimento   O sentimento que sinto e expresso, É maior que o mar que corre, Na imensidão do mundo, Sendo incompreensível para a razão.   O amar é antigo, Do tempo da paixão, Que precorreu o caminho da solidão, Num mar de tormentos e nãos.   O teu rosto foi um caminho caprichoso, Quando nele expressaste um não, Que não foi mais que o medo, De uma paixão de razão.
Voar   Queria voar ao sabor do vento, Tal como o meu pensamento, Sentir as nuvens na cara, E olhar o planar de um pássaro.   Voar e sentir a liberdade, Sonhar e ser capaz de ousar, Acreditar que o limite é infinito, Sem acordar desta grande magia.   Deitar-me numa nuvem, E sentir a leveza do mundo, Vendo-o rodar na minha mão.
Lareira de sonhos Há sombra da lareira adormecemos, Nos caminhos dos sonhos entramos, Vagueando por estrelas e sóis, Na ânsia da descoberta. O calor que emanava aconchegava-nos, Confessando um ao outro o seu íntimo, Mostrando o coração que batia, Na constante do galope. Os teus olhos levavam-me, Num embalar de criança, Que descobre o berço perfeito. O sonho revelado num quente servo, Do amor que descobri, Em terras distantes.
Noite Procuro a luz do sol, Que se esquiva no horizonte, Abrindo caminho à noite, Que vai chamando as estrelas.   A lua procura companhia, No meio de tanta gente, Que lhe lembra a vida, Que teve em tantos momentos.   A brisa segue em frente, Chamando o vento, Para a conversa perdida.   Esquecidas entre todos, Ficavam as estrelas cadentes, Que passavam correndo.
Recordar   Quero ver a tua cara de novo, e sentir a tua mão na minha, recordando as tuas caricias, e o teu sorriso brilhante.   O simples som da tua voz, límpida, suave e calma, que encantou o meu coração, quando te ouviu pela primeira vez.   Quero ver o teu olhar, e recordar os teus olhos azuis, e voar por entre o céu.   Quero sentir o teu coração a bater, e ter o teu abraço, de porto de abrigo do mundo.
Sereia III   Foi numa noite de luar, que te vi nascer, do meio das águas do mar, com os deuses a iluminar.   O teu ser de sereia, prendeu o meu olhar, que estava posto na areia, e me deixou a sonhar.   Vieste ao meu encontro, e tocaste no meu coração, espalhando nele nuvens de ilusão.   Adormeci na areia, e acordei com a água a tocar-me, e com uma sereia a olhar.
Voar pelos teus olhos Quero voar por entre os teus olhos, vendo neles a cor do mel, e sentir o cheiro da tua pele, navegando por mares desconhecidos.   Quero beijar os teus lábios, e sentir a brisa do mar, e construir um novo céu, com as estrelas dos teus beijos.   Procuro um porto de abrigo, que acalme o meu coração, das ondas que o atormentam.   Quero entregar-te a minha alma, na ânsia de descobrir, todo um novo sentimento.     Tu - V   Os teus olhos azuis, navegam pelo mar de sonhos, na procura de descobrir, um porto seguro.   Os teus lábios suaves, beijam os meus, no ritmo em que o mar, beija a areia da praia.   As tuas mãos rosadas, pesquisam as minhas, por entre os grãos de areia.   Os teus cabelos loiros, brilham ao sol, tal como o sorriso que expressam.
Amor II   As tuas caricias na minha cabeça, o juntar de mãos suave e firme, os teus lábios nos meus, o teu sorriso rasgado.   O dizeres que me amas ao ouvido, um abraço de sonho, a surpresa inesperada, a lágrima de felicidade.   Marcas de um poder, que ninguém consegue controlar, nem resumir numa fórmula química.   É um fogo que desperta inesperadamente, transformando o frio em calor, formando algo que se chama amor.