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A mostrar mensagens de agosto, 2020

Fogo ardente

Fogo ardente Olho para ti e lembro-me de uma noite, onde as risadas e partilhas foram constantes, e a felicidade jorrava de um simples gesto, com o esquecer do mundo que nos rodeava. Os teus olhos brilhavam como a chama da lareira, onde pernoitamos em momentos de sonhos, e onde adormeci nos teus braços, com o coração a bater sem parar. Os teus beijos levavam-me ao céu, deixando-nos a flutuar por entre as nuvens, na companhia de estrelas e constelações. Os teus abraços eram os sonhos esquecidos, de um guerreiro vencido pelo gelo, de um fogo ardente que o derreteu.

Ser Humano

Ser Humano Olho pela janela e vejo o ser abandonado, que não se distingue da noite, e se vê apenas no meio da claridade, das luzes que iluminam o céu ininterruptamente. O mundo esqueceu o ser ali, apenas porque ainda idealizava, um humano alto, louro e de olhos azuis, e deixando de lado o coração. Não interessavam ações e valores, apenas a ordem e o respeito, esmagando por completo a liberdade. Não importava o ser humano, mas sim a cor, a origem e a raça, de alguém para quem isso não existia.

Palavra

Palavra O poder da palavra é imenso, e com ela podemos conquistar ou magoar, um mundo por inteiro, ainda mais que qualquer outra arma. A palavra conquista a amizade, e pode ser uma fonte de magia, que toca o coração de um indigente, que se esqueceu do mundo. A palavra é uma arma letal, quando o ser humano, se esquece do outro, e o precisa de humilhar. É a palavra que decide o mundo, e escreve qual a história, que os livros registram. A palavra mostra a perfeição, que espelha o mundo, que nos fascina como a fantasia. A palavra ensina o ser, a ser gentil ou grosseiro, para com os outros que com ele habitam. A palavra é um segredo, que transforma em beleza, o gesto mais feio de um momento.

Primavera

Primavera O gelo derreteu nas primeiras abertas, entre o jogo da apanhada do sol e das nuvens, permitindo o surgir do castanho e verde, que tinha permanecido escondido. As flores foram despontando as suas cores vibrantes, dando a novos habitantes e velhos habitantes vida, que corriam e saltavam entre pétalas macias, que iam abrindo com o toque do sol. As árvores ganhavam dimensão humana, esticando os braços cheios de folhas, que davam a sombra por vezes merecida. O renascer de um mundo esquecido, aparecia sorrindo pela vida, de uma primavera em muito querida.